Agosto fotográfico: está de volta a Brasília o maior evento de fotos do Centro-Oeste

Depois de dois anos, Festival Mês da Fotografia 2023 traz exposição coletiva, prêmio em dinheiro, inúmeras atividades, um grande pavilhão cultural e suas famosas projeções a céu aberto

Sim, ainda estamos resgatando coisas maravilhosas que a pandemia nos privou, e por isso mesmo, o Festival Mês da Fotografia 2023 chega com a maior programação de todas as suas edições, após um hiato de dois anos sem acontecer de forma presencial. Com o tema Reencontros e suas Possibilidades, seu maior destaque é, justamente, a grande coletiva que entra em cartaz no dia 03 de agosto, na galeria térreo do Museu Nacional da República. Ali serão reveladas as 80 fotos selecionadas entre mais de mil candidatos que se inscreveram para fazer parte desta que será a VIII Exposição Coletiva, nas categorias Individual, Ensaio, Jovens Fotógrafos e Fotografia Inclusiva.

Quer saber mais? Um, entre os diversos artistas selecionados levará para casa o Prêmio Aquisição do Museu Nacional da República, outra das grandes novidades desta edição, e cujo valor é de R$ 10 mil. O melhor é que a obra escolhida irá fazer parte do acervo daquela instituição. Porém, a curadora da exposição coletiva, Denise Camargo, e a Diretora do Museu, Sara Seilert, ainda fazem segredo do nome do grande vencedor, e que será revelado no dia 15 de agosto (no Pavilhão Espaço da Fotografia). “A curadoria buscou por trabalhos capazes de apresentar os desafios dos reencontros que estão por vir e que colaborem com a construção de novos caminhos, que tenham como protagonistas pessoas negras, quilombolas, indígenas, jovens, pessoas com deficiência, LGBTQIA +, pessoas trans e não-binárias”, afirma Denise sobre o objetivo do Festival.

Continuando a falar sobre essa grande festa que acontecerá no dia 03, ela será marcada por Projeções Mapeadas na Cúpula do Museu, a partir das 19h. Esse mesmo evento, que embeleza a cidade e atrai muita atenção do público também se repetirá às 19h30, no dia 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, quando ainda estão previstas duas performances que deixarão esse show de imagens ainda mais alegre: o Arrastão do Grupo Batukenjé, a partir das 18h (no Pavilhão Espaço da Fotografia); assim como o setlist que está sendo preparado pelo DJ OPS.

Expos, Pavilhão da Fotografia e muito mais…

Para que o “Agosto Fotográfico” realmente aconteça, será preciso colocar a fotografia em destaque, “pendurando na parede” o maior número de imagens, para que o público possa admirá-las. Ao todo serão 9 exposições que fazem parte da programação. No dia 03 de agosto, em paralelo à grande coletiva, mais quatro exposições serão inauguradas: Chão de Cores (do Coletivo Retratação); Afro Futuro (do Coletivo Jovens de Expressão); 1st Brazilian International Photography Circuit (dos Coletivos Fotoclubes); e Mosaico FotoDesejo (das fotógrafas Eliária Andrade, Evelyn Ruman, Luludi Melo, Márcia Zoet, Mônica Zarattini e Silvia Zamboni). A VIII Exposição Coletiva estará na Galeria Térreo do Museu Nacional da República (corredor de acesso ao Auditório 2) e as demais estarão montadas na sala II do mesmo local, todas com visitação gratuita até o dia 10 de setembro. Fora do circuito do museu também terão as exposições “Olho de Rio”, que abre no dia 10 de agosto no Espaço Renato Russo e no dia 15, a  Exposição do 1st Internacional Salon of Photography Art of Brasília, promovida pelo Candango Fotoclube/Confoto, que poderá ser visitada na LBV- Legião da Boa Vontade.

Vale destacar que, diante da participação de tantos coletivos, “democrática” é a palavra que resume a alma dessa edição do Festival Mês da Fotografia 2023. Para Eraldo Peres, idealizador e Diretor-Executivo desse grande evento, “Reencontros e suas possibilidades é muito mais do que um tema, trata-se de uma verdadeira convocação para que, por meio da fotografia, se abra um diálogo que a favor da reflexão e de uma análise sobre temas contemporâneos, onde as relações sociais, afetivas e existenciais possam ajudar na construção de novos caminhos”, explica.

E para que essa grande “discussão” aconteça, é preciso ter um espaço que comporte tantas “vozes”. Desse modo, a edição 2023 do Festival decidiu criar sua própria Ágora (lugar de reunião). Pela primeira vez será montado o Pavilhão Espaço da Fotografia Photo Experience + LAB (local onde estão previstas a cerimônia de entrega do Prêmio Aquisição e de onde sairá o Arrastão do Batukenjé). Situado na área externa do Museu, e com funcionamento entre os dias 16 e 20 de agosto, ele será um ambiente dedicado à montagem dos espaços FotoTEC, Mercado da Luz, Summit Experience, Art Meeting, e onde ocorrerão palestras e oficinas com uma programação diversa, inclusiva e, claro, totalmente gratuita. Destaque para o Mercado da Luz, com suas galerias e coletivos fotográficos que estarão expondo e comercializando trabalhos de fotógrafos locais e nacionais durante os cinco dias de funcionamento do Pavilhão.

“O Pavilhão chega para complementar e é uma ótima estratégia de integração da programação de exposições do Museu com a praça, que é uma área muito especial para nós. É uma forma de atrair o público para a área externa ao redor de um dos espaços culturais mais nobres da capital federal”, destaca a Diretora do Museu da Repúbica, Sara Seilert. E entre as inúmeras atividades que ali ocorrerão, destaque para as exposições Nada Sobre Nós, Sen Nós (do Projeto Vivências Inclusivas) e Reencontros Coletivos (do Lente Cultural Coletivo Fotográfico), que terá uma montagem especial com as fotos impressas em tecidos suspensos do teto do pavilhão criando um cenário de cores, que dá as boas vindas aos visitantes.

Pensado para ser um ambiente de fomento, difusão e promoção das artes visuais, essa “iniciativa surgiu como resultado de uma proposta cultural consolidada ao longo de 13 anos. Com o Pavilhão pretendemos fortalecer, ainda mais, o objetivo do Festival como um propagador da arte visual visando a democratização da arte e estabelecendo uma conexão significativa entre a comunidade e a expressão visual”, complementa Eraldo Peres.

Mas como cultura fotográfica não se constrói somente fazendo ou admirando fotografias, um conjunto de ações formativas também estão previstas para rolar na programação do Festival, como palestras com Igor Valter com o tema NFTs no Mercado da Arte (16/08); Carlos Gandara, sobre Fotoclubismo no Brasil e a Experiência da Confoto (19/08); os diálogos fotográficos com Tiago Santana e Ronaldo Entler sobre Produção fotográfica autoral e documental (16/08); com Gilberto Lima sobre Artes visuais, novas tecnologias e Inteligência Artificial (17/08); com Mônica Zarattini e Evelyn Rumam sobre Mulheres na Fortografia (18/08). Os workshops também movimentam a programação do Pavilhão. Paula Borghi falará sobre Curadoria Ativa (17/08); Mateus Morbeck sobre Artes Visuais Tecnologia e Inteligência Artificial (18/08) e Mônica Maia, aborda o tema Mulheres Luz (20/08). Ainda no dia 20/08, acontce um bate-papo com Ricardo Stuckert, a respeito da Experiência na Realização Fotográfica e Produção de Livro Sobre Povos Originários. Todas essas atividades se passarão no Auditório 2 do Museu Nacional.

Duas outas atividades prometem atrair bastante a atenção do público amante do universo imagético. A primeira delas, superimportante de ser lembrada e marcada na agenda, é a Visita Guiada para PcD na VIII Exposição Coletiva de Fotografias, prevista para o dia 19 de agosto, a partir das 10h, na Galeria Térreo do Museu Nacional da República. A outra é o Leilão de Fotografias com Coletivo Sebastianas, que contará com a participação da DJ Úrsula Zion, no palco principal do Pavilhão Espaço da Fotografia, no dia 20 de agosto.  Porém, isso tudo é apenas uma parte da programação que o Festival Mês da Fotografia 2023 está preparando para transformar Brasília na Capital da Imagem. Para saber mais sobre o evento e suas atrações entre no site www.festivalmesdafotografia.com.br ou pelo perfil no Instagram @festivalmesdafotografia.